O embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, e comitiva estiveram em Florianópolis nesta terça-feira (5). No Governo do Estado, se encontrou com os secretários Juliano Froehner (Articulação Internacional), Cleverson Siewert (Fazenda), Silvio Dreveck (SICOS), Evandro Neiva (Turismo) e a adjunta Patricia Lueders (Educação). Visitou a Fiesc, a UFSC e foi recebido pelo presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal, e pelo prefeito de Florianópolis, Topázio Neto.

O objetivo das visitas foi estreitar relações com o Estado, abrir novas oportunidades para parcerias e acordos comerciais. Nas reuniões, também estiveram presentes a embaixatriz Elissavet Macri; o chefe da Chancelaria Consular da Embaixada, Andrea Desogus; a cônsul geral da Itália em Curitiba, Eugenia Berti; o cônsul honorário da Itália em Florianópolis, Attílio Colitti; o presidente do Círculo Ítalo-brasileiro de SC, Alessandra Carioni; e o coordenador dos círculos trentinos de SC e PR, Andrey Fraga.

Segundo o embaixador, que está no Brasil há apenas dois meses, o estado de Santa Catarina é rico em sua diversidade e possui uma concentração importante de ítalo-brasileiros e imigrantes, sendo o percentual de italianos e descendentes no Estado maior que o de São Paulo. “Há possibilidade de um fortalecimento dessas relações, com grande potencialidade de investimentos. A Itália é um investidor importante para o Brasil. Nos últimos 3 anos, o total de investimentos no país foi de 30 bilhões de euros e temos uma margem para melhorar. Além disso, temos que comemorar os 250 anos da imigração italiana para o Brasil, podendo ser usado como gancho para um impulso nas tratativas”, destacou Cortese, que se comprometeu em trabalhar para estreitar os laços com Santa Catarina.

O secretário de Articulação Internacional (SAI), Juliano Froehner, afirmou que o Governo do Estado corrobora desse comprometimento em ampliar a relação com a Itália. “Temos um envolvimento histórico, cultural e econômico. São muitas empresas de capital italiano aqui em Santa Catarina, assim como investimentos de SC na Itália. E muito mais do que isso: nós temos agora uma vontade muito grande, que é a visão do governador Jorginho Mello, de olharmos para frente. Como este relacionamento vai gerar tecnologia, parcerias, pesquisa, envolvimento cultural, educacional, social e econômico. Daí a importância da visita do embaixador para o Estado, dentro de um processo que começa agora. Temos vários projetos em curso e estamos em fase preparatória para receber o Consulado da Itália aqui em Florianópolis, em 2024. Tudo isso para nos aproximar e gerar uma visão de futuro de relacionamento internacional.”

No Turismo, o secretário da Setur, Evandro Neiva, disse que essa importante sinergia na colonização, na gastronomia, no modo de viver de muitos municípios e regiões catarinenses é essencial para o fortalecimento dessa relação bilateral. “Essa visita é importante para atualizarmos o embaixador de como estão os municípios colonizados por italianos, de como Santa Catarina pode receber hoje o turista, e também levar os catarinenses para a Itália. É uma troca muito bacana, e Santa Catarina vem trabalhando firmemente na criação de alternativas aéreas diretas e está preparada para o turismo internacional.”

Para o secretário de Estado da Fazenda (SEF), Cleverson Siewert, é com a mesma lealdade e transparência com a sociedade que o Governo de Santa Catarina constrói pontes e parcerias com outros Estados e Países, como a Itália. “O governador Jorginho Mello pensa diferente, pensa em Santa Catarina para os próximos 20 anos. O Governo do Estado está aberto para fortalecer essas relações e dar suporte aos novos negócios que estão por vir.”

De acordo com o secretário da Indústria, do Comércio e do Serviço (SICOS), Silvio Dreveck, a aproximação do Estado com a Itália é proveitosa para prospecção de novos negócios e futuras parcerias, tanto na área de educação como tecnológica. “Essa visita da comitiva mostra que um trabalho conjunto irá conectar empresas e impulsionar nossa economia, seja na exportação ou na importação. Santa Catarina possui o título de maior exportador de embarcações do país e a Itália é um dos nossos principais mercados. Estamos de portas abertas para trocas comerciais, seja na indústria e até mesmo na agroindústria.”

“É com muita alegria que a gente recebe o embaixador. Hoje, nós já temos escolas com a língua italiana como a segunda língua. Ampliar esse repertório, ampliar essa cultura é fundamental, e a educação é o caminho”, reforçou a secretária adjunta da Educação (SED), Patricia Lueders.

Fiesc

Na Federação das Indústrias de Santa Catarina, o embaixador e comitiva participaram do evento Oportunidades Comerciais entre Santa Catarina e Itália. O objetivo do encontro foi estreitar relações bilaterais e identificar oportunidades comerciais entre as duas regiões. “Santa Catarina tem orgulho de uma relação histórica e sólida com a Itália, que remonta aos primeiros imigrantes que aqui se estabeleceram, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e cultural do nosso estado”, afirmou o empresário André Armin Odebrecht, vice-presidente da Fiesc para a região do Alto Vale do Itajaí e que representou o presidente, Mario Cezar de Aguiar.

“Hoje, esse legado perdura, e vemos a presença da Itália não apenas em nossas tradições, mas também nos negócios e na economia catarinense. Muitas de nossas indústrias foram criadas por imigrantes italianos ou seus descendentes”, acrescentou Odebrecht, que citou as empresas Marcegalia e Zuchetti, como exemplos de recentes investimentos italianos no estado. O vice-presidente da Fiesc destacou também o compromisso da entidade com a internacionalização da indústria catarinense e a promoção do comércio exterior.

UFSC

Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o embaixador foi recebido pelo reitor, Irineu Manoel de Souza, o encontro, que tratou de temas relacionados ao ensino do italiano e possíveis parcerias com a instituição. O embaixador destacou a importância do ensino de italiano na UFSC para difusão da língua italiana. Já o reitor Irineu Manoel de Souza, ressaltou a possibilidade de ampliação das possibilidades de ensino da língua italiana, de convênios e intercâmbios. Segundo ele, a universidade já possui convênios com 32 Universidades italianas, varias modalidades de ensino para comunidade interna e externa.

Foto: Marco Favero/Secom